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ALZHEIMER: EU NÃO ESQUEÇO!

  • (Dr Pedro Bastos)
  • 21 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

"O mal de Alzheimer não conhece barreiras econômicas, sociais, étnicas, raciais ou geográficas. Além do mais, a população idosa no mundo aumenta de forma progressiva e pode-se supor que o impacto social da doença segue o mesmo ritmo", salientou Nancy Reagan, esposa do ex-presidente americano Ronald Reagan diagnosticado com a doença.




A ampliação da taxa de expectativa de vida experimentada nas últimas décadas contribuiu para o rápido aumento do número de idosos na sociedade em geral. Hoje , acredita-se que existam algo em torno de 900milhões de pessoas no mundo com mais de 60 anos e tal fato está associadas a expansão da prevalência de doenças crônicas como as demências.


Dentre as mais de 100 formas de demências mencionadas no último relatório da ADI (Alzheimer's Disease International) , a demência causada pela Doença de Alzheimer é a mais comum, representando cerca de 60% dos pacientes acometidos . Estima-se que a cada 3,2 segundos surge um caso novo de demência no mundo e as projeções são que o número total de acometidos irá dobrar a cada 20 anos.


A Doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que inicia-se após os 60 anos e se caracteriza por perda progressiva da memória iniciando-se com pequenos esquecimentos de objetos ou a colocação deles em locais inusitados , troca de nomes , repetições de frases ou perguntas e indiferença ao meio e a presença de pessoas. Nesta fase é normal que o paciente se lembre de fatos relacionados a um passado distante e encontrar dificuldade em memorizar fatos recentes. O quadro avança de forma lenta a gradual, de modo a impactar mais evidentemente o dia-dia tanto do paciente como da família. Após alguns anos, além da memória , o doente passa a sofrer deteriorização de outros domínios cognitivos como a execução de tarefas, a comunicação, em funções viso-espaciais , no reconhecimento e na atenção. O idoso então passa a necessitar da presença de um cuidador continuamente, de forma a auxiliá-lo em suas atividades mais básicas como alimentação, higiene pessoal, vestimenta, necessidades fisiológicas, repouso dentre outros.


É muito comum que os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer sejam confundidos com o processo de envelhecimento normal. Essa confusão tende a adiar a busca por orientação profissional e, não tão raro, a doença é diagnosticada tardiamente. Recomenda-se que, diante dos primeiros sinais, as famílias procurem profissionais e/ou serviços de saúde especializados para diagnóstico precoce , o que favorecerá a evolução e o prognóstico do quadro.


A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Antes disso, esse exame não é indicado, por apresentar riscos ao paciente. Na prática, o diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é, depende da avaliação feita por um médico, que irá definir, a partir de exames e da história do paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência. Exames de sangue e de imagem, como tomografia ou, preferencialmente, ressonância magnética do crânio, devem ser realizados para excluir a possibilidade de outras doenças.


Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença, através do uso de medicações próprias para tal . Estudos revelam ainda que a manutenção das atividades intelectuais e sociais, assim como o nível de escolaridade, reduzem os riscos de ter a doença.


Descrita pela primeira vez em 1906 por um médico alemão chamado Alois Alzheimer, a doença entra agora numa nova fase de estudos cientificos e as pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento mais efetivo e quem sabe sua cura.





 
 
 

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