A Neurologia é o ramo da medicina destinado ao estudo das doenças que incidem sobre o sistema nervoso (encéfalo, medula espinhal , nervos periféricos e placa motora ) bem como de  consequências ,nestas estruturas, de doenças próprias de outros sistemas e tecidos. Desta forma, cabe ao Neurologista reconhecer e tratar tais enfermidades.

   Em tempos de Ressonância Magnética (RM) e demais exames ultramodernos, fica a cargo do neurologista a prática da neurologia " RM negativa"  nos casos em que os exames, solicitados por outro profissional,  não foram esclarecedores porém ainda não se consegue afastar uma causa neurológica para o caso. Tal fato representa o motivo pela qual o exercício da carreira necessite de constantes atualizações e estudos.

    Diante de tantas mudanças , lamentar a chegada da tecnologia é algo impensável, visto que o neurologista continua detendo a capacidade única de reconhecer doenças "invisíveis" até mesmo aos métodos mais avançados . O exame neurológico continua sendo arma importante tanto no diagnóstico como no seguimento das doenças neurológicas, sendo de importância vital o conhecimento profundo da neuroanatomia, da neurofisiologia e das relaçoes entre ambas. 

   Atualmente , as doenças neurológicas ocupam um lugar de destaque quando falamos em saúde pública. Sabe-se que o  AVC representa o grupo de enfermidades que mais levam o ser humano a óbito e/ou a incapacidade física permanente, gerando impactos financeiros impressionantes a comunidade. Da mesma forma , as cefaléias são os sintomas que mais levam as pessoas a buscar ajuda nos pronto-socorros , e responsáveis pelas maiores taxas de ausência laboral, também com prejuízos monetários significativos a população.

   Por fim , ao considerarmos o cérebro humano como a máquina mais perfeita  da natureza e se somarmos a isso o fato dele ser diferente em cada pessoa, teremos a clara noção do quanto é desafiador e intrigante o trabalho do neurologista.